A moça que queria aprender a amar
Éramos 15 pessoas reunidas, em Novembro de 2011, e formávamos mais um grupo do Workshop: Relacionamentos que Curam.
Algumas pessoas se conheciam por já terem participado outras vezes desse trabalho, mas a maioria nunca havia se encontrado.
As expectativas que incentivavam as pessoas a dedicarem um sábado inteiro para um workshop como este, eram diversas: aprender a se colocar como prioridade, evitar o julgamento das pessoas sem conhecimento prévio, praticar o grande exercício que é perdoar, exercitar maior flexibilidade e tolerância, auto-reconhecimento, ser mais humilde nas suas relações e buscar coragem para enfrentar as adversidades da vida.
O tema desse dia estava relacionado com a dificuldade de se relacionar com as pessoas e o medo da rejeição, principalmente na relação homem e mulher.
A história da protagonista nos convidava a refletirmos sobre momentos em que temos uma imagem negativa sobre nós mesmos e acreditamos erroneamente que “somos o problema”.
Para esta linda moça que nos inspirou com sua história, perceber que na realidade ela não era o problema e sim a ideia que tinha sobre si mesma, foi de grande valia.
Mas, se ela não é problema, qual é o problema?
O problema foi nomeado pela protagonista como: “a trava para receber afeto”. Essa trava impedia que essa moça fortalecesse seus vínculos principalmente quando estava interessada em alguém e para não correr riscos, antes de ser rejeitada pelo outro, rompia a relação com aquela pessoa.
A fim de preservarmos a identidade da protagonista, vamos chamá-la aqui de “a moça que queria aprender a amar”!
Ficou muito claro, durante o workshop que “a trava para receber afeto” estava relacionada ao aprender a perdoar.
É um grande exercício de vida reconhecermos que existem inúmeras maneiras de expressar o amor e que nem sempre o que recebemos é o que precisamos ou merecemos, mas sim o que foi possível para o outro nos ofertar!
Pensando no aprendizado do grupo podemos perceber como a vida muitas vezes nos traz experiências únicas! Assim como “a moça que queria aprender a amar” também enquanto grupo de participantes no workshop, queríamos aprender a perdoar e reconhecer as diferenças, aplicar a tolerância e exercitar o não julgar.
O contexto não poderia ser mais propício para o exercício do não julgar e do perdão!
Reconhecemos que apesar de não concordarmos com a atitude de alguém, ainda assim, podemos acolher o que ele pode nos oferecer.
A terapeuta americana, Froma Walsh, costuma dizer em seus cursos sobre o ato de perdoar: “O perdão não é destinado à atitude de alguém e sim à pessoa”. Como seres humanos podemos perdoar uns aos outros, mas não somos obrigados a concordar com as atitudes que vão contra nossos valores.
Ficou claro para todos nós que um dia de workshop não seria suficiente para tratarmos de temas tão profundos e mobilizadores!
Tendo em vista de que o Workshop é apenas uma técnica de intervenção e que portanto, não substitui um processo psicoterapêutico; deixamos
registrado nosso início de caminho e que esta é uma longa caminhada, onde cada pessoa leva consigo a sua bagagem de aprendizados e metas.
Particularmente, como terapeuta e facilitadora desse Workshop desde 2004, partilho com você leitor toda a minha gratidão a cada um dos participantes e a protagonista, por tão ricas contribuições para minha carreira como profissional e para meu crescimento pessoal.
Qual será o tema do próximo Workshop?
Na verdade eu não saberia responder, cada grupo é único, assim como, as pessoas, o que sei é que estou aqui pronta e disponível para mais um Workshop: Relacionamentos que Curam, agora no dia 17 de Março!
Um abraço carinhoso, muita alegria no seu Carnaval e depois da folia se quiser conhecer este trabalho: conte comigo!
Sueli Marino
Psicóloga da Família, do Casal e do Indivíduo CRP- 06/31819 Fone: 5055.0965
P.S. – Os futuros protagonistas deverão entrar em contato para agendarmos entrevistas prévias antes do workshop! Os participantes não precisam de entrevista prévia basta inscrever-se. Vale lembrar que após o Workshop Relacionamentos que Curam todos passarão por uma entrevista final para avaliarmos o trabalho e que este trabalho é apenas uma intervenção não substitui um processo psicoterapêutico.