A que e a quem serviu a diferenciação de raça?
Do ponto de vista biológico não existe diferenciação, todos nós somos da
mesma raça HUMANA.
Essa diferenciação foi uma construção social que serviu aos interesses do
capitalismo e do colonizador europeu no período da escravidão. O sistema
criado não apenas construiu diferenças entre brancos, pretos e índios, mas
também adicionou um valor moral nessas divisões. O preto e o índio aos olhos do colonizador não eram considerados como pessoas, mas sim como mercadorias ou seres animalescos que precisariam ser colonizados para se tornarem civilizados.
Entender essa dinâmica é fundamental para que possamos combater o racismo e o preconceito, uma responsabilidade de todos nós.
Atualmente, apesar desse grande equívoco colonial, essa classificação entre
pessoas brancas, pretas, pardas e indígenas é necessária para uma reparação
social em termos de direitos civis e políticas públicas.
Vale lembrar que não falamos mais “índio” e sim POVOS ORIGINÁRIOS DO BRASIL.
Isto porque, como nos lembra Grada Kilomba, um território povoado chamais poderia ser descoberto simplesmente porque já era habitado.
É muito importante olhar para a nossa história com nossas lentes, e não
pelas lentes do colonizador. Existe uma reparação moral e de direitos que
depende de todos nós.
O Construcionismo Social nos ajuda nessa reflexão ao nos fazer pensar “a
quem interessa essa divisão?” “Com que objetivo foi feita?” “Com quem está o poder de decisão?” “Quem está incluído, e quem foi excluído?”.