O que aprendemos com elas?
Essas mulheres negras são medalhistas nas Olimpíadas de 2024, subiram ao podium e representaram o Brasil nos enchendo de orgulho.
Elas fortalecem nossa crença e as nossas esperanças no sucesso e nos mostram que a invisibilidade social precisa ser combatida dia a dia.
O cuidado aqui é para não romantizar a trajetória delas; acreditar que o Brasil não é um país racista ou infantilizar o êxito acreditando que todos que se esforçarem conseguirão realizar os seus sonhos.
Bia Souza nos ensina que aceitar o próprio corpo independente dos padrões sociais de beleza nos traz autoconfiança.
Rafaela Silva numa entrevista afirmou que tínhamos que “ganhar uma medalha nem que fosse na força do ódio”. Sim, às vezes é importante usar com sabedoria a força da raiva.
Rebeca Andrade nos inspira a ultrapassar os nossos limites sem perder a graciosidade. Competir com respeito pelas nossas adversárias é uma virtude.
Rayssa Leal pratica a sororidade e a empatia com outras mulheres.
Além delas, inúmeras mulheres negras batalham todos os dias pela sobrevivência, sonham com um futuro melhor para seus filhos, são incansáveis na defesa de seus valores. E ainda assim não existem garantias de que seus objetivos serão alcançados porque a desigualdade social não cria oportunidades para todas.
Combater o racismo é responsabilidade de todos nós. A desigualdade é fruto de uma estrutura social que discrimina e exclui as oportunidades para algumas e privilegia outras.
A educação racial é importante para que possamos obter recursos para novas ações no combate a desigualdade social, inclusive na psicoterapia.
E que ninguém duvide da força e do talento das mulheres negras!