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Partilhas, Temas e Aprendizados

As expectativas que levam as pessoas a vivenciarem um trabalho de grupo como um workshop são inúmeras, entre elas a vontade de ver sua vida menos pesada, mudar a sua rotina (sábado o dia inteiro?), autoconhecimento e até mesmo aprender algo novo.

Em Setembro tivemos como tema do grupo relacionamentos familiares e o vínculo entre pais e filhos diante da separação do casal. A história que protagonizou nosso dia de trabalho foi a de um filho que vivia o desconforto do que ele mesmo nomeou como “descontrole mental”.

A fim de preservarmos a identidade do protagonista e por uma questão de ética, vamos chamar o protagonista de “o bom filho”.

O descontrole mental era presente em sua vida como algo com o que ele não podia lidar, causava-lhe ansiedade, insegurança e um grande mal estar.

Percebemos durante o trabalho que esse tal de “descontrole mental” estava diretamente relacionado ao seu posicionamento diante do que a família estava vivendo na separação, ou seja, ele se posicionava “entre” seus pais, no meio de uma briga.

Culpa, tristeza e deslealdade foram alguns dos sentimentos que o “bom filho vivia”. Quando se aproximava do pai corria o risco de ser desleal com a sua mãe, caso cuidasse desta, o mesmo sentimento assombrava seu coração em relação ao pai.

Foram precisos muitos diálogos entre os representantes do pai e da mãe para que aos poucos “o bom filho” pudesse encontrar um lugar mais confortável para continuar expressando seu amor aos dois sem achar que estava errado.

É impossível não se emocionar com uma história como esta, não é mesmo? Quantos bons filhos vivem de maneira direta ou indireta a mesma situação? Quantas boas filhas muitas vezes deixam de viver a própria vida para se colocarem no meio de um fogo cruzado entre seus pais?

Sofrem os pais, sofrem os filhos! Por amor muitas vezes nos sacrificamos! Workshop Relacionamentos que Curam Partilhas, Temas e Aprendizados 2 Acho que este é um bom exemplo de um amor “distorcido”, não é isso que de verdade os pais desejam para os seus filhos e nem o que esses filhos querem para suas vidas.

Outro aspecto importante do workshop de Setembro foi a disponibilidade que os participantes ofereceram para o trabalho. A escuta generosa destes, evitava o julgamento ou a ansiedade em querer dar algum conselho e depois o agradecimento pela participação do outro em nossas vidas.

Ficou clara a importância de incluirmos nossas diferenças para um bom diálogo, do quanto é essencial não olhar as pessoas a partir do rótulo do problema. Neste caso são inspiradoras as palavras de Michel White: “a pessoa não é o problema, o problema é o problema”.

Aprender a viver apesar do desequilíbrio foi outra etapa que fez a diferença, afinal “família doriana” aquela que não tem problemas e todo mundo sempre está bem , somente em propaganda de margarina!

Nas horas mais difíceis do dia no trabalho nos apoiávamos em nossa qualidade amorosa e claro em nosso bom humor! Levar a vida não tão rigidamente e poder brincar e sorrir faz muito bem! Esses foram alguns momentos que pudemos partilhar com vocês, esperamos sinceramente que possam ser inspiradores para sua vida!

Qual será o tema do próximo workshop?

Na verdade eu não saberia responder, cada grupo é único assim como as pessoas, o que sei é que estou aqui pronta e disponível para mais um Workshop Relacionamentos que Curam agora no dia 12 de Novembro!

Nas sábias palavras daquela música: “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Um abraço carinhoso, muitas flores nessa primavera, um sorriso bem alegre com minha gratidão.

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