Sobras de tecidos ou colcha de retalhos?
Uso essa metáfora para refletir sobre o caminho que percorri na Psicologia nesses 36 anos de atuação clínica.
Continuo me construindo como terapeuta e como pessoa e nesse processo venho sempre pensando sobre algo valioso: como as diferentes maneiras de pensar a psicoterapia podem compor uma prática clínica ética, inclusiva e coerente com meus valores?
Como cuidar para que a teoria e a técnica não reproduzam desigualdades sociais?
Que verdades sobre a vida de uma pessoa reproduzimos com cada técnica?
Quem se beneficia e quem é excluído na maneira como penso a Psicologia?
Como a busca pela coerência entre teoria e prática podem estar alinhadas?
Quais os paradigmas que são reproduzidos a partir de cada teoria que sigo?
Aprendi que a técnica não vem em primeiro lugar. Aprender uma nova prática é importante, mas a reflexão crítica da terapeuta vem antes.
A busca por coerência epistemológica é uma constante e permite a distinção entre colecionar técnicas como “sobras de tecidos” ou compor uma linda “colcha de retalhos”.
A intervisão clínica é um espaço seguro e apropriado para refletirmos sobre essas questões.
Gostaria de estudar mais sobre o Construcionismo Social? Solicite informações sobre nossos grupos de intervisão.